Uma tradição portuguesa: o Dia da Espiga
Atualizado: 18 de Jul de 2020
Neste dia, também chamado de Quinta-feira da Ascensão, faz-se um raminho com alguns itens específicos para colocar atrás da porta e atrair prosperidade e boa sorte.

O Dia da Espiga é originário de uma tradição pagã, assim como muitas festas cristãs. Ao meio da Primavera, por volta do final de maio, celebravam-se as primeiras colheitas da estação. Além da celebração, pedia-se abundância e boa qualidade do que fosse colhido.
Com o início do Cristianismo, o Dia da Espiga passou a ser comemorado 40 dias depois da Páscoa, coincidindo assim, de propósito, com um feriado em Portugal, que celebrava a ascensão de Cristo aos céus, conhecido como Quinta-feira de Ascensão.
No Dia da Espiga, todos iam aos campos pegar um ramo de espiga para deixá-lo atrás da porta durante o próximo ano todo pedindo prosperidade para as colheitas futuras e para nunca faltar o que comer.
O feriado foi extinto em 1952, mas a tradição perdurou e muitos ainda continuam a fazer seus ramos, que foram modificados com o tempo e com a vida nas cidades.
Hoje, o ramo ainda é tradicional e feito com alguns elementos específicos. Além disso, muitos tomaram o Dia da Espiga como uma forma de comércio e vendem, nas cidades, os raminhos já prontos para quem não tem tempo de apanhar.
Como se faz o ramo?
Espiga
A espiga é o principal item do ramo, ela pode ser de trigo, de centeio, de aveia, de qualquer cereal. Devem estar em número ímpar e representam o pão, como o item básico do sustento da família, assim como a fecundidade.

Papoula (papoila, em português de Portugal)
Ela representa o amor e a vida.

Margarida (malmequer, em português de Portugal)
Simboliza a riqueza e os bens materiais, com seu branco representando a prata e o amarelo, o ouro. Há quem coloque o malmequer somente amarelo.

Oliveira
Com duplo significado, a oliveira simboliza a paz, desde a antiguidade, mas também representa a luz, já que seu azeite mantinha as lamparinas das casas acesas. A luz aqui também pode ser interpretada como luz divina.

Alecrim
Muito abundante e capaz de crescer em terrenos adversos, o alecrim simboliza a força e a resistência.

Videira
A videira é a representação do vinho, que nunca pode faltar nas mesas portuguesas.

Assim, o raminho é colocado atrás da porta para nunca nos falte tudo relacionado acima. Há quem acrescente mais itens, para deixá-lo mais atraente, mas estes são os principais e tradicionais.
Muitos acrescentam um pedaço de pão junto, já que a espiga não necessariamente é de um cereal.
Estes são os raminhos da Dona Alzira, minha vizinha muito gira. Antes sem papoulas pois ela não encontrou, e depois com elas, quando eu lhe dei algumas das minhas. =)
Por Camila Ciberi para @quesejportugal
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